Introdução: A agenesia dentária é a ausência congênita ou modificação embriológica de um ou mais dentes. A agenesia ou hipodontia é um dos fenômenos mais prevalentes entre as anomalias dentárias e craniofaciais. Fatores genéticos, ambientais e traumáticos são algumas das causas. Pode ser associada a condições sindrômicas, visto a relação íntima da hipodontia com outras estruturas anatômicas craniais afetadas por síndromes cromossômicas. Apesar disso, também pode ser tida como uma anomalia isolada. Logo, cabe estudar os dados dessa anomalia dentro de estudos feitos sobre populações afetadas. Objetivo(s): Enumerar as características epidemiológicas da agenesia dentária a partir de achados dispostos na literatura. Método: Revisão integrativa da literatura com artigos indexados das bases de dados BVS, SciELO, Medline e Google Acadêmico. Descritores utilizados: anodontia, anormalidades congênitas e anatomia regional. Critérios de inclusão: artigos completos publicados entre os anos de 2010 e 2020 em inglês, espanhol e português. Critérios de exclusão: publicações repetidas e não correspondentes à questão de pesquisa. Ao final, foram selecionados 9 artigos para compor a base bibliográfica. Resultados: Os estudos apontam os terceiros molares como os dentes mais afetados pela agenesia. Os incisivos laterais superiores e centrais inferiores, junto com os segundos pré-molares inferiores e superiores são outros dentes mais citados. Há uma divergência dos autores quanto à disposição unilateral ou bilateral da anomalia, quando unilateral, a anomalia é mais frequente do lado direito. Afirma-se que a maxila é o osso que mais apresenta números de hipodontia. Pode afetar as duas dentições, sendo mais incidente na dentição permanente. Não há estudos capazes de corroborar a manifestação mais comum da agenesia dentária entre os sexos, embora alguns autores sugiram que o sexo feminino é o mais afetado. Ademais, a literatura aponta o histórico familiar de ocorrência como um fator determinante para a disposição da anomalia. Conclusão: É notório que a agenesia dentária tem proporções consideráveis nas populações estudadas. Os pacientes que apresentam a anomalia têm o seguinte perfil epidemiológico: ausência dos terceiros molares (mais comum 1 ou 2 molares ausentes), afetando a maxila, de caráter bilateral, sexo feminino e com histórico familiar. Os autores indicam um comprometimento funcional de outras estruturas anatômicas a partir da ausência congênita de algum dente.
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